far out

22 de novembro de 2007

ao borracho põe deus a mão por baixo

de quantos dedos precisas para revelar o amor que sentes pelos cabelos que perdes diariamente?
quantas lágrimas terás que derramar para perceber que os pelos brancos da barba implicam a tua existência?
quantas serão as unhas cortadas para uma mini-toalha até que te consciencializes que tudo à tua volta não só parece como é vazio?

"deus não existe" é a tua afirmação mais fácil e imbecil, seguida da maravilhosa pergunta "porque não vais morrer longe?"
coisas tão exangues nos dias que correm onde os factos se baralham entre um autocarro cheio de infantes baldado numa estrada e uma explosão de gás num prédio com cerca de 12x4 fracções.

quantas marés passarão para que compreendas que os caixotes que criaste à tua volta significam apenas a miséria de alma que és?
a quantos Outonos ou abandonos de andorinhas terás que assistir para entenderes que por muito que elas se aproximem de ti em qualquer forma que te representes tu não és uma delas?

queria ainda dizer-te que lá por acreditares na possibilidade de seres uma espécie de anjo caído não tens estilo nem originalidade nem genialidade nem criatividade nem sabedoria nem inteligência nem tantas coisas de que me esqueço agora para acreditares em seja o que for que te aproxime daqueles que usufruem dos significados dos adjectivos anteriores.

saúde irmão! saúde! que deus te proteja.

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